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Trilhas&Passeios, o mundo é grande demais para você ir sozinho.
“Passando pra deixar um relato da minha jornada nas trilhas.
Tudo começou por um motivo pessoal. Estava num momento da vida em que precisava mudar a rotina. Sentia falta de novidades. Procurava algo diferente!! Até que a foto de uma montanha no Instagram de uma pessoa (que hoje considero uma amiga) me chamou atenção. Conversei com ela a respeito dessas trilhas e montanhas. Assim, ela me apresentou “Trilhas e Passeios”. A foto era no famoso “Passo dos Anjos”- Capim Amarelo. Queria de todo jeito conhecer essa montanha sem nunca ter subido uma… rs. A única trilha que havia feito na vida e até hoje ainda faço é a trilha da Pedra Grande de Atibaia. Costumo dizer que é o quintal de casa, pois lá nasci e fui criada. Março de 2018.
Juliana, assinando o livro de cume do Capim Amarelo |
Acompanhando os eventos que “T&P” divulga em sua página nas redes sociais resolvi de última hora fazer a trilha da Cachoeira do Saco Bravo em Paraty. Percurso de 12 km num sobe e desce íngreme que nunca acabava. Em um momento de cansaço pensei ‘o que estou fazendo aqui?’(rs). Depois de 3h desisti… No ritmo que estávamos faltava mais algumas horas para chegar na cachoeira. Estava esgotada, preferi parar por ali, porque ainda tinha a volta com mais sobe e desce. Fiquei decepcionada comigo mesma. Lágrimas escorreram, me senti incapaz… foi triste. O consolo? Essa trilha foi difícil até para quem estava acostumado a trilhar. Não desisti. Uma semana depois fiz o Pico do Tira Chapéu. Curtimos a vista do Pico e a Cachoeira do Santo Izidro. Total do percurso foi de 24 km. Nessa trilha ganhei bolhas nos pés, a primeira de muitas… rs. Dessa vez não tive dificuldade. A caminhada foi longa, alguns trechos de subida, trilha na florestinha, a maioria do trecho era em campo aberto. Senti que essa vida só estava começando!! Abril de 2018. Pico da Onça. Mais uma trilha sem dificuldade. A vista lá de cima estava fechada, tempo nublado, mas tudo vale a pena quando é feito em boa companhia! Só pela caminhada na mata já estava valendo! Maio de 2018.
Agulhas Negras, ao fundo |
A essa altura já estava viciada em trilhar. Todo final de semana tinha uma trilha e/ou passeio. O apoio e incentivo do grupo é essencial. Neste mês teve Travessia Placa x Capuava e Pedra Grande de Atibaia. Exigiu esforço físico, mas sem dificuldades. Logo, parti para as montanhas altas. Sinceramente, não fazia questão se eram montanhas Top 10 ou qualquer outra. Somente o fato de caminhar na natureza e chegar ao cume podendo desfrutar daquela vista maravilhosa me deixava extasiada e me impulsionava para sempre partir para outra! Minha primeira montanha alta foi o Pico dos Marins (2.420m). Estava ansiosa por causa das escalaminhadas e o medo de altura. Nas partes íngremes achava que não conseguiria, mas com o apoio do grupo tudo é possível! Voltei apaixonada pela montanha! A segunda montanha – Capim Amarelo (2.491m). A vaga foi aberta (houve desistência) faltando pouco mais de 24h para a viagem, ou seja resolvi ir de última hora. Mais uma montanha, mas dessa vez com um gostinho especial, afinal estava indo para montanha que me motivou a iniciar essa vida de trilha! Era a montanha daquela foto da nossa amiga, Dominique. A caminhada foi longa, houve atrasos devido à falta de preparo e dificuldade de algumas pessoas no grupo. Não via a hora de chegar no famoso “Passo dos Anjos”!! Cheguei sozinha nesse trecho (dois estavam a minha frente e a maioria do grupo estavam para trás), me emocionei… falei pra mim mesma que tinha conseguido, que tudo é possível quando se tem vontade e paixão pelo que faz! No cume do Capim Amarelo, olhando para as montanhas, caiu a ficha… tinha superado o medo do desconhecido, medo de não conseguir e senti muito amor pelas montanhas!! Cinco dias após Capim Amarelo fiz um passeio para o Morro do Capuava. Não estava bem de saúde, tinha algo como sinusite, mesmo assim resolvi encarar… Caminhamos um pequeno trecho. Decidi saltar de paraglider para encarar mais uma vez o medo de altura. A sensação de liberdade é incrível!! Sobre a altura, basta ter coragem! Rsrsrs Ficamos para ver o por do sol! Voltei feliz e realizada por mais esse desafio! Dois dias depois tinha o Caminho do Sal, um percurso de 53 km, fui obrigada a cancelar. Não estava em condições físicas de encarar esse desafio. No dia anterior respirava mal, garganta ruim, rouca.. passei no pneumologista e fui diagnosticada com rinite asmática. Fiquei em repouso para tratamento por 3 semanas. Inalação. Remédio. Sofria de abstinência de trilhas. Rsrs O médico pediu para evitar as montanhas e longas caminhadas. E que se fossem longas, que caminhasse em ritmo lento, sem muito esforço. Nunca que ia conseguir… rsrs.
Juliana e Dominique, sua influenciadora ‘trilhal’ |
Junho 2018. Teimosa, voltei fazendo Pico das Agulhas Negras (2.790m). Louca? Sim, louca pelas montanhas e trilhas!! Passei por algumas dificuldades técnicas e medo de altura, mas sempre com apoio do grupo e do guia local! Agulhas foi espetacular!! Melhor ainda porque era meu aniversário! Todas essas montanhas são apaixonantes!! Três dias depois, fui com 4 amigos (Staff da T&P) subir a Pedra da Mina (2.798m). Foi insano (palavras do Danilo). Monstruoso!! Incrível!! Indescritível!! Nunca imaginei subir essa montanha em tão pouco tempo de experiência em trilhas e montanhas. O lugar é um paraíso!! O Vale do Ruah é abençoado! A visão que temos de todas as outras montanhas é indescritível! Quem ama essa vida de trilha e montanha sabe do que estou falando! Julho 2018. Três dias depois do bate e volta da Pedra da Mina, foi a vez de conhecer o Pico do Itaguaré (2.308m). Não subi para assinar o livro no cume. Não tive vontade de pular a tal pedra que dá para o abismo! Fiquei apreciando a vista nos arredores da montanha. O sossego, a paz, a paisagem dominava o ambiente! Na semana seguinte foi a vez do Pico da Bandeira (2.892m). A montanha por ser de fácil acesso tinha muita gente! Pessoas gritando, jogando lixo em qualquer canto, enfim pessoas que a montanha não merece, o que acaba tirando o foco de quem quer curtir a montanha. Tentamos ir ao Pico do Cristal (2.770m) mas não tínhamos muito tempo, então paramos no Pico do Calçado (2.849m) que também tem uma vista incrível! Estávamos tão perto do Pico do Cristal e ao mesmo tempo longe. Essa montanha ficou para uma próxima vez. Encerro aqui meu depoimento de 4 meses de trilha. Todos bate e volta.
Juliana e seu amor pelas Montanhas |
Os próximos desafios? Camping selvagem em qualquer canto. Serra Fina é um sonho! Parece impossível, mas quando se tem amor à vida tudo é possível! Fiz muitas trilhas e montanhas em pouco tempo e me orgulho de dizer que eu consegui!! Superei meus medos e inseguranças! A montanha me trouxe muitas coisas boas! A principal é a paz interior! Fico feliz em dizer que muitos conhecidos e desconhecidos me procuram para pedir informações das trips que compartilho no Instagram. Agradeço imensamente a equipe T&P por todo apoio e incentivo! Danilo, meu muito obrigada pela confiança!”
Ju, parabéns pelo relato
Ju Feliz por Vc!!!! Parabéns pela persistência e coragem de amar e ser acolhida pelas trilhas e montanhas!
Parabéns Ju! Este amor pelas montanhas e indescritível. Só quem faz consegue entender.Que venham mais trilhas! Bjo